Polêmica no Concurso do TJ PA
O concurso do Tribunal de Justiça do Pará (TJ PA) voltou ao centro do debate público após diversas reclamações envolvendo a etapa de avaliação psicológica. As informações ganharam repercussão após publicação do portal O Antagônico, destacando a eliminação de mais de 50% dos candidatos.
O resultado preliminar foi divulgado no dia 13 de novembro, intensificando as discussões sobre os critérios utilizados. O certame, organizado pelo Cebraspe, oferece 50 vagas imediatas com salários iniciais que chegam a R$ 15.021,89.
As provas objetivas e discursivas foram aplicadas em 31 de agosto de 2025 em cidades como Belém, Altamira, Marabá, Paragominas, Redenção e Santarém. Com 27.476 inscritos, a fase final está marcada para domingo, dia 23 de novembro, mas a etapa psicológica já causa impacto significativo.
Distribuição Geográfica das Eliminações
Disparidade Regional
Candidatos de estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de boa parte do Nordeste, teriam sido praticamente excluídos da seleção. Em contraste, um grupo reduzido, formado majoritariamente por participantes do Pará, Maranhão, Piauí e Tocantins, teria tido desempenho positivo.
Nenhum candidato ao cargo de Oficial de Justiça do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte e Nordeste (exceto PA, MA e alguns do PI e TO) foram aprovados no psicológico, segundo as informações disponíveis.
Questionamentos sobre Uniformidade
Essa disparidade regional levantou questionamentos sobre a uniformidade do processo seletivo. Além disso, parte dos candidatos já articula representações formais ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), buscando revisar os resultados.
A situação expõe tensões em concursos de grande porte, onde etapas subjetivas podem gerar controvérsias.
Procedimentos da Avaliação Psicológica
Condições de Acesso
Houve suposta exigência de identificação individual durante a avaliação psicológica, o que poderia influenciar a imparcialidade do exame. O acesso ao documento completo seria possível apenas de forma presencial em Belém, criando barreiras logísticas para candidatos de outras localidades.
Ademais, o acesso ao documento completo seria possível mediante acompanhamento de um psicólogo particular, exigindo custos adicionais dos participantes.
Críticas à Transparência
Essas condições foram criticadas por limitarem a transparência e a acessibilidade do processo. A fonte não detalhou se houve alternativas para candidatos de fora do Pará, aumentando as dúvidas sobre a equidade.
Tais fatores contribuíram para o alto índice de reprovações, que superou a metade dos inscritos na etapa.
Repercussões e Próximos Passos
Contestações Legais
As reclamações sobre a avaliação psicológica destacam desafios comuns em concursos públicos, onde critérios não cognitivos podem ser subjetivos. A articulação de representações ao CNJ indica que os candidatos buscam vias legais para contestar os resultados.
A etapa final do certame, prevista para 23 de novembro, ocorrerá sob o olhar atento de quem questiona a validade do processo.
Alerta para Futuras Seleções
Embora o TJ PA e o Cebraspe não tenham se manifestado publicamente sobre as alegações, o caso serve de alerta para futuras seleções. A transparência e a clareza nas etapas avaliativas são essenciais para manter a credibilidade dos concursos.
Enquanto isso, os aprovados aguardam a fase decisiva, e os eliminados ponderam suas opções.





